quarta-feira, 24 de março de 2010

Fluxo

Nesse ritmo frenético da vida que levamos, as nossas emoções, vontades e desejos oscilam no mínimo a 2MB/s.

Hoje ouvi alguém dizer que na época que a energia elétrica ainda não havia sido desvirtuada para nos abastecer, as pessoas não tinham o que fazer. Será?

É muito mais fácil hoje em dia pararmos pra teclar com alguém via orkut / MSN, do que pegar o telefone e ligar para as pessoas, por um simples olá que seja. Talvez estejamos criando um casulo em torno de nós mesmos. Quantos ainda vão visitar o amigo, que se junta ao grupo, vai visitar outro amigo, formando um grande grupo e se divertindo num bate papo animado?

A vida virtual chegou a pouquíssimo tempo e provocou um impacto tão grande quanto a descoberta do fogo. Alguns percebem que não conseguem viver sem ela, outros resistem a ela. Quem estará certo?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Coca-Cola

Hoje eu tomei Coca Cola no almoço. (Ok, início banal ao extremo)

Mas ai eu me lembrei de uma propaganda recente do Guaraná Antártica (OK, qual é a relação?)

Nessa propaganda, o "repórter" afirma que o Guaraná tem uma tal de fórmula secreta (igual a Coca, sacou?)

Pois então, me lembrei que a uns anos atrás eu escutei que só uma família tem o segredo da Coca (e provavelmente do Guaraná), sabe esse segredo.

Ai que entra a paranóia. Se só algumas pessoas escolhidas sabem o que eles botam lá dentro, o que é que nós estamos tomando? Se a vigilância sanitária realmente soubesse o que vai, será que já não teriam lançado uma concorrente de igual sabor?

domingo, 9 de agosto de 2009

Inverno

Ando muito preguiçoso ultimamente, esse mês do frio fez ficar longe do blog. Preciso voltar a atualizá-lo...

Enquanto isso, tem o twitter, das mensagens curtas. Essa tecnologia vai acabar engolindo a todos nós.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Auto-clique

Automático. Talvez essa seja a melhor definição para o nosso dia-a-dia.

Nesses dias de inverno, a fumaça que sai da respiração, ou a luva que usamos para nos proteger do frio me fez reparar em algo.

É tudo tão mecânico nos dias de hoje, e tão corrido, que mal temos tempo de reparar em nós mesmos. Não há exemplo melhor do que o da nossa respiração. Fazemos todo dia, toda hora, mas quantas vezes nos damos conta de que estamos fazendo? E muito menos se estamos fazendo da forma correta. Aliás, acho que já aprendemos a fazer isso com pressa e da forma errada, para levar a vida que levamos.

E, nesses dias de inverno, quando calçamos principalmente as luvas. No primeiro momento aquela sensação de alívio do frio, aquele contato com a lã quente, mas nem 5 minutos se passam e cade a luva? Já esqueci a sensação da lã porque provavelmente estou xingando alguém no trânsito, ou me espremendo no transporte público.

Nada de vida natureba, ou de viva o verde, nada disso. É só que esquecemos de prestar atenção naquilo que estamos fazendo diariamente e nas sensações ao nosso redor. Estamos perdendo nossos sentidos aos poucos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dependência Digital

A escravidão voltou. E o pior de tudo é que somos escravos de nossas próprias criaturas.

Antigamente, quando os celulares não existiam, todo mundo sobrevivia de forma mais independente, havia um planejamento melhor das saídas, as pessoas aproveitavam melhor as conversas com os amigos etc. Tem muita gente hoje, que com certeza se mataria sem esse aparelhinho.

Não me excluo da escravidão. As recentes quedas do Speedy causaram em mim uma revolta, e confesso, um certo desespero, porque a falta da internet é falta de um pedaço de minha rotina diária de e-mails, sites, blogs e afins. Já se tornou parte da minha identidade. E o que é pior, é uma realidade da qual não só não saberemos mais como viver sem, como também não conseguiremos viver sem, uma vez que todo o sistema de informação e armazenamento de dados é feito de dados, ou seja matéria não física.

Foi tudo tão rápido, que já não sou capaz de precisar o momento exato em que viramos reféns daquilo que seria apenas para facilitar nossas vidas.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Adaptação

Somos seres adaptáveis. Essa teoria já foi comprovada por diversos cientistas e não sou eu que vou ficar aqui explanando sobre isso.

Mas essa semana me espantei o quanto podemos nos adaptar e acostumar com aquilo que juramos não esquecer.

O que despertou minha atenção para esse fato foi que no metrô de São Paulo havia um assento azul no lugar do assento cinza convencional. OK. Na hora já pensei, puxa, trocaram a cor dos assentos, fato que se comprovou errado, pois só vi em um único trem.

Mas isso me despertou uma lembrança muito antiga, de uns 10 anos ou mais. Hoje, numa esquina próxima, há um mercado de bairro aqui perto de onde moro. A grande questão é: o que havia lá antes disso... não consigo me lembrar de jeito nenhum, e lembro muito bem que havia pensado comigo mesmo que nunca esqueceria o que era aquele terreno. Promessa boba, só um exercício de memória que falhou.

O mesmo vale para o rosto das pessoas, tente se lembrar de alguém que você não vê a muito tempo. Com certeza o rosto vai demorar a aparecer ou nem isso.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Medo animal

As pombas pederam o medo.

É com essa afirmação bizarra, inútil e curiosa que inicio esse post.

Acontece o seguinte: todo ser vivo tem medo. Nós humanos temos muitos medos, os animais, temem os humanos (até os domésticos temem, uma vez que qualquer gesto brusco os assusta).

Com as pombas um dia já foi assim também. A cinco passos de distância, antigamente, as pombas já fugiam de medo. Agora não mais.

Os “ratos voadores” agora nos desafiam. Já cheguei ao cúmulo de ter que desviar de uma pomba porque ela não saiu da frente. Outro dia vi também um cara pegando uma na mão (e servindo pipoca depois!!!!!!!)

Mas o pior de tudo foi outro dia, que estava de carro, e a pomba na rua. O carro acelerou, ela olhou como se não fosse com ela, olhou e o carro indo, e pá! No último segundo ela voou, mas o pára-choque do carro pegou de raspão ainda assim. É mole?